A Copa Leiautar foi um desafio de design criado por Itamara Ferreira, designer, professora e criadora do projeto Leiautar. A proposta era criar uma campanha de lançamento de filme para um futuro distópico, com um cartaz de filme redesenhado.
Projeto_
Projeto pessoal, experimental
Direção de arte / Design_
Paola Papini
desafio_
Itamara Ferreira
ano_
2021
Contexto
A evolução tecnológica fez com que as inteligências artificiais assumissem o controle de todas as atividades anteriormente consideradas "criativas", resultando na extinção total da individualidade criativa. Neste novo mundo, não há mais arquitetos, pintores, designers, músicos, cineastas, escritores, atores ou qualquer outra profissão que incentive a criatividade, senso crítico ou qualquer sentimento que habite em nós, seres humanos.
Minha missão
Viajar para o futuro pós-apocalíptico com uma peça cinematográfica capaz de gerar conexão e emoções nas pessoas lá. Portanto, é necessário falar sobre a realidade deles, uma comunidade com pouquíssimo pensamento, memórias ou real humanidade. Um filme de nosso tempo foi escolhido, que também retrata uma distopia futura em que as pessoas perderam sua individualidade, criatividade e emoções.
Sinopse
Jonas vive em um mundo aparentemente idílico de conformidade e contentamento. Quando começa a passar tempo com o Doador, um homem velho que é o único guardião das memórias da comunidade, Jonas descobre verdades perigosas sobre o passado secreto de sua sociedade. Armado com o poder do conhecimento, ele percebe que deve escapar de seu mundo para se proteger e proteger aqueles que ama.
Por que este filme?
'O Doador de Memórias' é um lembrete de tudo o que nos torna humanos - nossas individualidades, nossas emoções e toda a diversidade que temos na vida. O filme começa em um lugar comum para o público que queremos alcançar - uma sociedade sem cor - e nos leva exatamente para onde queremos ir, de volta à essência humana.
No filme, o círculo simboliza a unidade perfeita da comunidade. De acordo com o dicionário de símbolos de Jean Chevalier, círculos simbolizam unidade e homogeneidade, ausência de distinção ou divisão e proteção assegurada dentro de seus limites.
No filme, o triângulo simboliza esperança e a quebra da mesmice. Chevalier diz que o número três indica simultaneamente a individualidade única de um ser e sua multiplicidade interna. O triângulo traz a simbologia da sabedoria e expressa superação e resolução.
No filme, a maçã vermelha simboliza o conhecimento de Jonas ao sentir emoções e ver cores. Cores, de acordo com Carl Jung, expressam as principais funções psíquicas do homem: pensamento, sentimento, intuição e sensação. Considerado o símbolo fundamental do princípio da vida, o vermelho carrega dentro de si os dois impulsos humanos mais profundos: ação e paixão, liberdade e opressão.
Conceito
O design para o lançamento do filme usa um minimalismo extremo, abordando uma estética futurística. A campanha ativa o gatilho mental da curiosidade, já que traz muito pouca informação sobre essa "experiência". Mesmo com um público quase desprovido de emoções, o pequeno triângulo vermelho apela para os instintos mais profundos dos seres humanos. O objetivo é capturar a atenção do público e fazer com que eles cliquem/escaneiem o código para acessar a experiência. A trama do filme é responsável por levar o espectador de volta à criatividade.